Já faz algum tempo que as grandes empresas vem percebendo que os recursos naturais são finitos, e que precisam se mobilizar para cuidar e/ou repor, fazendo necessária as boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.

O marco histórico

O primeiro movimento importante, sobre o meio ambiente foi no ano de 1972, na Conferência das Nações Unidas, a qual reuniu, pela primeira vez, líderes para debaterem sobre as relações entre o homem e o meio ambiente.

O evento foi um marco e sua Declaração final contém 19 princípios que representam um Manifesto Ambiental para nossos tempos. Ao abordar a necessidade de “inspirar e guiar os povos do mundo para a preservação e a melhoria do ambiente humano”, o Manifesto estabeleceu as bases para a nova agenda ambiental do Sistema das Nações Unidas.

Foi a partir dessa Conferência que o homem passou a ter direito a um meio ambiente de qualidade, o que é essencial para uma vida saudável e digna.

Em 1987, foi divulgado um documento intitulado como, Nosso Futuro Comum, documento esse, que auxiliou a disseminar o conceito de desenvolvimento sustentável, aquele que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades.

No ano de 1992, realizou-se a segunda conferência, no Rio de Janeiro, a chamada ECO-92, importante para a criação Agenda 21, documento que teve a função de criar um planejamento para a atuação de governos, da sociedade e de empresas no sentido de sustentabilidade, um novo paradigma econômico voltado para valores sociais e ambientais.

Ainda em 1992, houve outro marco importante que foi a criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, momento no qual as principais Nações se uniram para discutir o impacto das ações do homem sobre o meio ambiente e do clima.

Em 1994, surgiu o conceito Triple Bottom Line ou Tripé da Sustentabilidade, idealizado pelo sociólogo britânico John Elkington. Caso uma empresa se proponha a ser sustentável, deve considerar de forma integrada as dimensões de impactos sociais, econômicos e ambientais em seu negócio. Ou seja, além de gerar lucro, deve gerar valor.

Quando surgiu a sigla ESG?

A sigla ESG de “Environmental, Social e Corporate Governance” que em português, quer dizer boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa, surgiu em 2004, em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial. Na verdade, uma provocação do Secretário Geral da ONU à época, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.

Em resumo, ESG remete ao estímulo dado as empresas ao se comprometerem e adotarem ações que gerem impactos sociais, ambientais e de governança de forma positiva.

Com todo esse movimento, as empresas grandes e as multinacionais estabeleceram seus próprios programas de Sustentabilidade, passando a se preocupar de forma evidente com os aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa, além dos resultados econômicos, ou seja, com os lucros.

Saiba mais
> Clique aqui para acessar a publicação A ONU e o meio ambiente, no site da ONU, relatando todo o trabalho que a Organização em prou do meio ambiente.
> O que é ESG?

Kariny Antunes Farina